MUITOS VERBOS

 A vida a dois é sempre cheia de desafios. No começo, é um pouco mais desafiador porque a gente se sente um tanto limitado, mas com o passar dos dias, a intimidade vai crescendo e a gente vai aprendendo a conhecer o outro por inteiro. A entender o que o outro está sentindo mesmo sem precisar falar. O amor gera essa sintonia. Leva um tempinho até a gente se acostumar com as manias diferentes, os gostos e desgostos, as preferências do outro, mas ainda bem que o amor é paciente. Apesar dos desafios, a vida a dois torna tudo melhor. A gente acorda ao lado de quem a gente ama, sentindo a reciprocidade desse amor. A gente nunca está sozinho, seja pra enfrentar problemas ou curtir um dia legal. A gente tem companhia todos os dias, pra rir e pra chorar. E a gente ainda sabe separar um tempo pra nós mesmos. A gente sente uma vontade enorme de ser abrigo, proteção e cuidado. O amor não é egoísta. O amor domina as palavras. O amor é sensível e perdoador. A convivência nos ensina que

É que eu não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender que um passo de cada vez gera muito crescimento. Estou em uma fase de mudança, passando por aqueles momentos de adaptação que são sempre desconcertantes e internamente conflituosos. Uma amiga me aconselhou a escrever sobre isso e vim parar aqui. A gente precisa se esvaziar das complicações da vida, nem que seja um pouquinho. As vezes parece que cada dia que a gente vai vivendo, nossa alma fica tão sufocada com probleminhas, frustrações, sonhos que morrem, vontades que não permanecem, decepções... e sem que a gente perceba, viramos um lixo emocional ambulante. Entulhados de coisinhas que deveríamos ter vencido e deixado para trás.  A gente tem a péssima mania de se apegar aos nossos desapontamentos. E chorar as mesmas lágrimas, as mesmas dores, as mesmas raivas. Chega um momento que é preciso lavar a alma e se esvaziar de todas as desilusões. Fazer do nosso coração uma tela em branco pra podermos pintar novos caminh